Juan Uribe aparece nessa reportagem e fala sobre auto-estima. Além dos manuais, cursos e seminários, há uma infinidade de produtos sobre o tema para pais e educadores à venda na internet.
Cartões coloridos com mensagens otimistas para os pais colocarem na lancheira dos filhos. Pôsteres decorativos sugerindo aos pequenos o que fazer para se sentirem bem com eles mesmos – dizer o que pensa aos amiguinhos é uma delas. Jogos terapêuticos combinam diversão e aprendizado.
Orgulhoso de mim
O americano Proud to Be Me (Orgulhoso de mim), por exemplo, estimula o diálogo entre pais e filhos por meio de perguntas e respostas.
“Eles podem ser instrumentos para desenvolver formas alternativas de comunicação e ajudar as pessoas a se sentirem mais capazes e merecedoras de serem felizes”, atesta o professor paulista de inglês para crianças Juan Uribe, 26 anos.
Auto Estima
A febre da auto-estima fez surgir também um conselho internacional sobre o assunto, do qual Juan Uribe é um dos presidentes no Brasil.
Nos dias 10 e 12 de novembro, seus organizadores realizaram em Buenos Aires o I Congresso Internacional de Auto-Estima, com a participação de representantes de 18 países.
O encontro discutiu estratégias de relacionamento entre professores e alunos para desenvolver a segurança, a identidade e a competência nas salas de aula.
“Crianças com baixa auto-estima tendem a não completar os estudos e virar mão-de-obra desqualificada no futuro”, afirma o professor.
No Brasil, na opinião de Uribe, há pouco preparo para lidar com a auto-estima infantil, tanto em casa quanto na escola.
Os maiores erros são a comparação, a definição de rótulos e a transformação de falhas em defeito pessoal. “Em vez de sentenciar que a menina é ruim em matemática, o ideal é dizer que faltou estudar tal matéria”, exemplifica Uribe.
O principal, segundo ele, é fazer a criança saber que será amada independentemente de seus erros e acertos.