Sesame Street, The Muppets, Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum. Basta lembrar desses programas para muitas das nossas memórias de infância virem à tona e começarmos a nos dar conta de quantas coisas aprendemos com os puppets. Com certeza você se lembra de alguma música, fala ou brincadeira em que eles te ensinaram sobre o alfabeto, higiene, animais ou qualquer outro assunto.
Aqui na Juan Uribe Ensino Afetivo usamos os puppets nas aulas para promover a aquisição de inglês de maneira mais lúdica. Nanna, uma das educadoras da escola, tem uma relação especial com esse universo, “eu tinha meu próprio puppet na infância e gostava muito de brincar com ele. Quando comecei a dar aulas aqui, isso me ajudou, pois tinha até uma voz própria para dar aos bonecos”.
Ela relembra o primeiro dia de aula de um grupo formado por crianças de 5 anos, onde ela transferiu o contexto de novidade, que eles estavam vivenciando no momento, para o conteúdo da aula. Para isso, pegou os puppets de uma mamãe vaca e seus filhotes. “A mãe tinha que falar para o filhote o que eles deveriam levar à escola, como ‘you can take the pencil‘. Assim um aluno fazia a mãe e os demais, os bezerros”. Por meio disso, foram trabalhados produção e compreensão oral e aprendizado de vocabulário sobre materiais escolares, algo importante para o cotidiano deles.
Ela conta que é possível trabalhar, inclusive, questões pessoais das crianças, como o medo de dormir no escuro. Nesses casos, pode-se transformar o puppet em um personagem que tenha uma questão a ser trabalhada e a criança atua como uma espécie de conselheiro. “Elas costumam criar estratégias para ajudar o fantoche, seja cantando música ou conversando com eles. Assim, sentem-se mais responsáveis, fortalecendo sua própria autoestima”.
Mas se engana quem acha que puppet é coisa de criança pequena. A educadora garante que quando eles entram em cena, todos se divertem! Nos cursos de formação, há um módulo de como utilizá-los em aula e Nanna revela que “esse é um momento sempre muito engraçado, pois as pessoas se descobrem. Por vezes, quem é muito tímido, se revela com os puppets!”
No caso dos alunos mais velhos, por exemplo, é possível relacionar a prática com gêneros textuais. “Enquanto um faz a pergunta, os outros respondem. Também é possível fazer teatro, cenas de improviso, montar cenários para tirar fotos e com isso trabalhar frases e vocabulários específicos, além de explorar accents de diferentes países e phrasal verbs“, afirma a educadora.
Entendeu agora porque amamos tanto os puppets? Além de cativantes e divertidos, eles tornam as nossas atividades muito mais prazerosas e envolventes para as crianças!