“Olhar para a rua com encantamento, como se estivesse em um museu ou em uma galeria a céu aberto.” A descrição, que resume a vivência da última sexta-feira (23), faz parte de um texto colaborativo, no qual educadores, coordenadores e demais funcionários da escola registraram suas impressões sobre a Formação Genérica deste semestre.
O convite para ocupar a rua foi aceito pelas equipes pedagógica e administrativa, que caminharam pelos arredores da escola com passos lentos e olhos atentos ao que ainda não viram. Durante esse “exercício de transformação do olhar”, como definiram, perceberam um bairro de incoerências e contrastes. “Constatamos que tudo isso faz parte do nosso bairro e que todas as coisas estão em transformação o tempo todo.”
Mas, nos detalhes, encontraram beleza. Na companhia de dois fotógrafos profissionais, eles seguiram dicas de como enxergar, e não somente ver, as paisagens e as minúcias abafadas pelo cotidiano. Inclusive de olhos fechados. Em duplas, fizeram um exercício: enquanto um ficava de olhos fechados e câmera em mãos, o outro dava coordenadas de algo interessante para o parceiro fotografar.
“Essa Formação Genérica se relaciona muito com a parede de recepção da escola, cujo tema neste semestre é ‘Living our city’, que instiga os alunos e a comunidade escolar a explorar a cidade e a pertencer aos espaços que ocupam”, lembra o educador Luis Eduardo Siqueira.
A proposta da Formação Genérica é contribuir com a formação da equipe escolar enquanto pessoas, por meio de experiências que integrem o grupo e despertem novos interesses. Essa ampliação cultural, que envolve todos os membros da escola, acontece uma vez por semestre. “Já estivemos em visitas guiadas pela cidade de São Paulo, em peças de teatro, balés, vivências de artes e exposições diversas”, conta a diretora geral Sosô Uribe.