Once upon a time…

Once upon a time…

As crianças acomodadas nos cushions, o livro na mão do educador e o silêncio atento acompanhado de olhares curiosos são sinais de que uma história está prestes a começar. Na JUEA, essa prática do Storytelling está presente em quase toda aula e para a educadora Aline Vianna “é uma ótima oportunidade de produzir linguagem em inglês mesmo com crianças que ainda não compreendem o idioma”.

A educadora explica ainda que “pela contação de história é mais fácil ensinar o idioma, já que as crianças têm interesse e envolvimento maior do que se tivessem fazendo algum exercício desconectado de um contexto”. Aproveitando essa curiosidade delas pelas narrativas, os educadores geralmente fazem perguntas utilizando o contexto da própria história para promover uma conexão das crianças com a narrativa em inglês. Assim surgem questões, como: “O que vocês fariam nessa situação?”, “Que barulho escutaram? Vamos fazer barulhos da floresta?” ou “Vocês também gostam desse alimento que o personagem comeu?”.

Embora haja indicações de leitura para cada faixa etária, Aline Vianna explica “que qualquer história é interessante para qualquer idade. É possível contar Chapeuzinho Vermelho para pré-adolescentes, lendo o texto original. Do mesmo modo que é possível contar uma história complexa pra crianças menores, apenas adaptando a linguagem”. Alunos de 2 e 3 anos, por exemplo, são capazes de se conectar com as histórias com o auxílio das ilustrações e outros recursos como livros gigantes, fantoches e objetos”. No caso de alunos mais velhos, sempre busca-se levar uma reflexão acerca das posturas dos personagens e das problemáticas trazidas na narrativa”.

Crianças durante prática de contação de história na aula de inglês

Formação de educadores
Como a contação de histórias tem relação muito forte com a personalidade da escola, ela também está presente no curso de formação inicial de educadores e frequentemente na formação continuada. Aline Vianna conta que, nesses cursos de formação, os módulos de Storytelling são muito surpreendentes e sensibilizadores. “As histórias são uma ponte para a nossa infância. Quem escuta uma história se conecta com ela, se emociona e se envolve como se fosse criança de novo”.

Durante a formação, os educadores aprendem a importância de conhecer bem as histórias, quais vocabulários novos podem colocar nela, os tipos de pergunta a serem feitas, as interações possíveis, percebendo como a história que escolhem tem a ver com o que estão trabalhando com a criança, além de estarem atentos às reações que seus alunos e alunas demonstram de acordo com as situações que acontecem ao longo da narrativa.