Learning and Sharing terá curadoria de projetos

Learning and Sharing terá curadoria de projetos

Já é tradição aqui na Juan Uribe Ensino Afetivo o Learning and Sharing: momento de receber alunos e famílias para celebrar e compartilhar os projetos construídos ao longo do semestre. Este ano o evento chega em sua 18ª edição repensando suas dinâmicas e propondo aos convidados novas formas de dimensionar e sentir a escola.

Até a última edição, o Learning and Sharing contava com um tema central definido com antecedência pelos educadores. Em grupo, eles dialogavam sobre formas e possibilidades de apresentação do assunto, para, em sala de aula, viverem um processo de sensibilização com os alunos ao redor do tema proposto. A partir de então, os projetos eram desenvolvidos em suas mais variadas formas, de maquetes a livros, jogos e fotografias, seguindo uma linha temática.

Mas, agora, o evento passa a ter uma curadoria digna de uma exposição de arte, responsável por olhar com cuidado para cada atividade em desenvolvimento à procura de um conceito. A ideia é fruto de um desejo coletivo de poder vivenciar os projetos de uma maneira diferente.

“Fomos percebendo que isso do tema vir a priori, antes da vivência, pudesse talvez tornar mais importante o produto final, a materialização, e não o processo em si”, explica a educadora Camila Adriano. Ela integra um grupo de educadores que se articulou recentemente para pensar em maneiras de relacionar a ideia de curadoria com o desejo de iluminar os processos de construção dos projetos.

 

O grupo entrevistou todos os educadores a fim de saber como se sentem com a mudança de paradigma, em que momento os alunos deles estão do projeto e se conseguem pensar em um produto final. “O exercício da curadoria seria tentar achar um fio que passasse por todos esses projetos”, completa Camila, que, por ter uma experiência prévia como arte-educadora no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), foi escolhida pelo coletivo para estar na linha de frente da curadoria.

 

Essa transformação vem para reforçar a proposta de troca do evento e para proporcionar aos pais um maior entendimento de como são ritualizados os processos internos da escola. “Queremos tornar as relações mais claras para as famílias, para que elas possam circular por todas as salas e perceber todos os desdobramentos linguísticos e afetivos, o quanto o projeto do filho se articula com o projeto do colega e como o projeto foi rico enquanto dinâmica de grupo”.

E o que podemos esperar, então, do XVIII Learning and Sharing? A educadora adianta que o grupo buscou algum viés que pudesse ter relação com a parede de recepção da escola, “Living our city”. Mas o resto só mesmo no dia 26 de novembro.