Como conviver com diferenças

Como conviver com diferenças

A revista Isto é publicou entrevista com Juan Uribe sobre conviver com as diferenças. Abaixo, transcrição:

Essa aceitação deve começar na valorização de si mesmo. “A tiração de sarro é também uma forma de auto-afirmação, é combater a própria insegurança diminuindo o outro”, alerta o educador Juan Uribe, que trabalha com ensino afetivo há dez anos e representa o Conselho Mundial de Auto-Estima no Brasil.

Ele lembra que ser aceito pela sociedade é uma necessidade humana e, para a criança, brincadeiras e apelidos podem funcionar com fatores de exclusão. “Ser visto, ouvido e amado é o que todo mundo precisa para ter auto-estima.

Se a criança não recebe essa atenção em casa, provavelmente terá dificuldades para se relacionar”, aponta. Um dos pilares da auto-estima é a identidade.

“A criança tem que ter uma idéia de quem é e por que defende certas coisas. Essa certeza é a família quem dá”, diz Juan Uribe.

Para ele, o respeito às diferenças está intimamente ligado à ética, à capacidade de se relacionar com o outro sem realizar julgamentos.

“Ética se aprende no convívio social. É transmitida nas pequenas ações, nas palavras, na entonação do olhar”, resume.